quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Será que toda mãe é boba?


Fazendo o Filipe dormir

Eu cantando uma musiquinha (já estava no fim do repertório)

Filipe já aconchegado com a cabecinha no meu ombro

Pensei que ele já estava dormindo a pelo menos 10 minutos

Ele levanta a cabecinha pesada, os olhinhos baixos, todo molinho

Me dá um beijo na face

Coloca a cabecinha no meu ombro novamente e amolece
Não sei porquê meu coração amoleceu junto!

Será que sou mais uma mãe boba?

Se for e daí? Quero é passar por muitos momentos de bobeira

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sobrevivi


Depois de ontem tinha que passar aqui pra dizer como foi.

Bom, depois que o Filipe foi com a vovó e o vovô pra chácara, continuamos com nosso programa, fomos para a casa de nossos queridos amigos Andreia e Marcelo (padrinhos do Filipe) para curtir o dia. Logo que cheguei lá já fui ligando para minha mãe para ter notícias do Filipe, e adivinhe, sem sinal, meu Deus quase dei um treco, mesmo assim continuei ligando durante o dia, que sabe eu tinha sorte...

Não estou dizendo e querendo dar a entender de forma alguma que não confio na minha mãe, ao contrário, sei que a vida dela e do meu pai é o Filipe, sei que ela vai cuidar super direitinho, mas o que eu posso fazer? O culpado aqui é meu coração, não sou eu quem manda ele doer tanto de saudade, não sou eu que fala pra ele ficar preocupado. Infelismente ele é quem manda, tem vontade própria. Quem sabe um dia consigo controla-lo?

Voltando... Eles chegaram as 16:40, minha mãe me ligou, sem perceber já saí pegando as coisas e arrumando, troquei de roupa, um abraço de despedida e fuuuuuui. O Rodrigo foi deixar as coisas em casa, e eu fui logo na mamy, quando cheguei aquele olhar fascinante logo veio ao meu encontro, os bracinhos se debatiam sobre minha direção, foi bom demais! Peguei e abracei muito, até beijo ganhei, vê se não sou abençoada!

Segundo minha mãe tudo correu bem, ele se divertiu muito e sinceramente as fotos não negavam, sorridente como sempre, não deu trabalho nenhum.

Mas da próxima vez eu entro no carro junto, nem que eu precise ir no porta malas rsrsrsrsrs. Precisamos um do outro, confesso que acho que preciso mais dele do que ele de mim.

Hoje minha mãe estava falando que ele é tão bonzinho que já dá pra levar ele pra Minas, imagina só, até parece... E eu? nã nã ni nã NÃO!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Coração apertado


Como ainda estou de férias tô tentando curtir ao máximo os momentos com o Filipe, então estamos sempre passeando, hoje não ia ser diferente, iamos para a casa da madrinha dele tomar banho de piscina, fazer um churrasquinho básico. O Filipe acordou as 8:00 (evolução), á cada dia que passa o soninho dele está ficando melhor, a não ser quando aparece os tais saltos de desenvolvimento ou picos de crescimento, fora a crise dos 8 meses, meu Deus quanta coisa! Mas o importante é que passa e está passando, mas além disso meu pequeno está crescendo, se tornando um rapaizinho. Mas voltando ao assunto... Como entramos no pique de viajem, férias, a vovó e o vovô quase não estão vendo ele, logo depois que ele acordou, troquei a fralda, fiz uma vitamina de banana, troquei a roupinha e fomos lá na casa deles.
Quando chegamos na portaria eles estavam descendo, estavam indo para a chácara da minha tia Cleonice. Nessa hora minha tia Suely apareceu e começou a brincar com ele e conversar com a gente. Minha mãe meio sem graça falou indiretamente que queria levar o Filipe pra chácara, algo do tipo "vôcê quer ir com a vovó?", a mamãe aqui fez de conta que não entendeu, e a vovó tenta novamente "Vamos Filipe passear com a vovó? Pena que você já vai pra casa da sua madrinha se não a vovó ia levar o neném", a mamãe aqui continuou fazendo que não estava entendendo e nem ouvindo nada, quando a minha tia Suely fala: "Leva, o quê que tem? Vai lá Carol pegar as coisas dele, é bom que você descansa". Nessa hora acho que fiquei pálida, sem reação e minha mãe percebeu e falou rindo, "até parece, olha a cara dela!", pensei comigo, "aí que bom que ela percebeu!", mas não adiantou nada, minha tia "Pára de ser besta, deixa ele ir, vai lá e pega as coisas dele", daí em diante minha mãe começou a por fogo também e eu acabei ficando sem saída.
Fui lá em casa, arrumei as coisinhas dele e como sempre peguei coisa pra 1 semana. Pelo menos a comida dele já estava pronta, então sei que ele vai comer a comidinha da mamãe. Minha cabeça está a mil, fico pensando se ele está chorando, e se ele começar a chorar e ninguém conseguir acalma-lo? Afinal estavámos viajando, e desde que saí de férias ele não fica muito tempo com meus pais e se está com eles eu estou do lado, pode ser que ele está desacostumado.
Meu coração tá pequenininho que só, chega dói. Sei que deve ser exagero da minha parte, mas ele nunca ficou tanto tempo longe de mim, mesmo quando estou trabalhando dou umas escapadas pra vêr ele, nem que seja só o tempo de um cheirinho.
Não sei de nada, não sei onde é o lugar, não sei se lá vai pegar celular, não sei que horas que eles vão voltar. Ai, ai... Só sei que o dia hoje vai ser comprido, isso eu tenho certeza.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009




Voltamos!!! Por sinal foi ótimo, o Filipe amou tudo! Vou resumir os acontecomentos:

Saímos de casa as 6:00, fizemos 2 paradas para esticar as pernas, o Filipe foi tranquilo não dormiu mas também não deu trabalho nenhum, chegamos no hotel as 11:00. Foi muito engraçado porque quando estávamos dando a entrada no hotel tinha uma janela que dava pra ver as piscinas, simplismente o Filipe não queria sair da janela de tão fascinado que ele ficou. Fomos para o quarto deixar as coisas logo depois descemos para almoçar, subimos, e depois o Filipe dormiu, quando ele acordou fomos para a piscina, o Filipe levantou as pernas igual ele faz pra entrar na banheira quando fomos colocar ele na piscina, aquela água quentinha foi tudo de bom, ele não queria sair por nada. Tudo era novo, então fizemos questão de fazê-lo aproveitar o máximo.
Os outros dias foram só festa, piscina, piscina, piscina... E quando dava tempo a gente comia (brincadeira). Em falar em comida, a noite tomamos caldo, gente pensa que achamos o ouro, uma delícia, procuramos algo do tipo por causa do Filipe porque não levei as papinhas dele, e como havia pensado foi tranquilo, deu pra ele comer as comidas oferecidas pelo hotel e a noite os caldos foram a salvação.
Iamos ficar até segunda ou terça, mas como o pessoal foi embora no domingo fomos embora também, ia ficar sem graça sem a criançada. De lá fomos para Anápolis, casa da madrinha do papai, foi muito legal, a tia Tânia é um anjo, ela amou cuidar do bb, pena que ela estava trabalhando. Passeamos muito lá, fomos no shopping, no central park (que é lindo), fizemos churrasco na casa do Paulinho, jogamos boliche... Perfeito.
Chegamos ontem, a casa estava impecável, a roupa toda lavada (lavamos as roupas em Anápolis, apartamento é difícil), então só descansamos.
Resumo: Voltamos descansados e desestressados.
Agora é só recomeçar!!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009




Agora sim, FÉRIAS e junto muita DIVERSÃO. Pela primeira vez o Filipe vai ficar tanto tempo no carro, pela primeira vez vai tomar banho de piscina, não tenho dúvida que ele vai gostar. Estou um pouco receosa devido o tempo dentro do carro, tudo bem que não é uma viajem muito longa, mas pra quem nunca ficou mais de 30 minutos dentro de um carro ficar 5 horas não deve ser fácil. Também estou preocupada com a comida, uma vez na vida comer em restaurante tudo bem, dá pra levar, mas 1 semana não sei como vai ser. Pensei em levar a papinha dele congelada, acho que o hotel não teria problema em esquentar, sinceramente, estão todas congeladas desde a hora do almoço, se no caso eu decidir realmente levar.
Vamos aqui pra perto de Brasília mesmo, um passeio em Caldas Novas, depois uma ida em Goiânia para ver alguns amigos do papai, em seguida, Anapólis, vamos ver a tia Tânia (madrinha do papai), talvez a Amandinha (priminha) e a Tia Elisângela.
Estamos indo de réca, a vovó Suely, o vovô Simões, e a criançada (Mirella, Marcelle, Mateus, João Guilherme) e já estão lá a tia Alessandra, o Tio Fernando , a Fernanda e a Duda (primas do Filipe). Pena que o pessoal volta domingo e a gente só tem data de ida, a volta será quando der na telha.
Vou indo arrumar as malas, pois amanhã vamos sair as 5:00 da madruga(essa eu pago pra ver rsrsrsrsr).

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

HÃ?????

EU: Filipe tira o dedo da tomada!

ELE: Olhando, coloca novamente.

EU: Filipe NÃO!

ELE: Hã?

EU: Na tomada não!

ELE: Hã?

Será que ele estava querendo ser irônico?

COLINHO DA MAMÃE



No útero, o contato do bebê com o mundo externo está muito limitado pelo corpo da mãe e ele fica protegido de odores e sons que poderiam lhe ser desagradáveis. Além disso, a temperatura é perfeita: ele não sente frio nem calor; ele não sente fome; não tem cólicas...

Mas, de uma hora para outra, ao nascer, o pequeno é bombardeado por uma variedade de cheiros, barulhos, sensações novas e isso deve ser extremamente desagradável, uma vez que ele precisa sentir-se seguro através do que já lhe é familiar.

Bem, vocês acham que após viver nove meses no calor e segurança do útero, envolvido totalmente por um líquido, o bebê vai achar muito normal dormir num berço, que para ele, com certeza, é enorme e onde ele tem contato com novas texturas, onde tudo é novo e muitas vezes assustador?

Acho que seria natural a consciência de que ele precisa de um tempo para se adaptar ao mundo externo, e isso depende de bebê para bebê, pois cada um é uma pessoa única e especial, com suas necessidades e potencialidades específicas. Creio que também não é difícil perceber que ele vai precisar de todo apoio e segurança que os adultos a sua volta podem oferecer.

Embora tenha como principal forma de comunicação o choro, muitas vezes achamos que ele só pode chorar se estiver com fome, molhado, com frio, com calor... Bem, alguém pode alegar que ele é manhoso, ou seja, está chorando para enganar o adulto e ganhar um "colinho". Não existe bebê manhoso! O bebê ainda não tem a capacidade de mentir e enganar que nós adultos temos. Assim que o bebê se sente em uma situação de angústia, ele usa o único idioma que conhece: o choro. Então, se ele está chorando, é sinal de que alguma coisa não vai bem. Isso não quer dizer apenas na parte fisiológica, como fome ou frio, mas talvez ele tenha ouvido um som ameaçador, como o bater de uma porta, que você, por estar acostumada, nem ouviu. Pode ser ainda que ele sinta saudades da sensação de segurança que o útero lhe proporcionava, e esteja sentindo um pouco de solidão.

Qual a solução?? Colo nele!! Envolva-o nos braços, fale palavras bonitas ao seu ouvido, cante uma canção, explique que tudo está bem, que você está presente e que se importa com ele. Ele vai adorar e retribuir, creia nisso.

O bebê é um excelente ouvinte e adora uma boa conversa. Bastam algumas palavras de amor e apreço para que esse ser tão especial aceite-nos como amigos e confie em nosso acolhimento.

Pense no bebê como alguém que acabou de chegar de uma viagem muito desgastante, que está confuso e preocupado em saber se vai conseguir se adaptar, encontrar amigos, ser aceito. O colo seria para o bebê como uma afirmação de que ele pode contar com aquela pessoa. O colo é uma declaração de amor e amizade. É como chegar para um amigo adulto e dizer: "pode contar comigo quanto precisar. Eu estou aqui."

Se você não precisa saber que pode contar com as pessoas que ama, o bebê também não precisa de colo. Se ter bons amigos pode se tornar um vício, o colo também pode.

Extraído do site:
http://www.meubebezinho.com.br/seufilho031020a.shtml

SÓ UM CHEIRINHO

Hoje as 7:00 da madrugada, de repente escuto um balbuçar, viro para o lado e lá está ele com o sorriso mais lindo do mundo me dando um bom dia, pronto, já posso levantar mesmo tendo dormido tarde da noite, mas agora esse pequeno sorriso se fez grande e me preencheu, levantei e já fizemos questão de brincar um pouco, carrinhos, barulho... O rostinho o mais esperto, penso comigo: "Esse aí só volta a dormir quando anoitecer", no mesmo instante ele pediu colo, se aconchegou, aviso que queria mamar, se ajeitou e quando olhei novamente ele já estava em um sono profundo.
Só precisou de um cheirinho, um toque para se sentir abraçado, amado e aconchegado. Mágica de Deus!
Voltar a dormir? ISSO NÃO ME PERTENCE MAIS! Hora de arrumar os brinquedos da noite passada (serviço de mãe), fazer comida (serviço de esposa), arrumar a casa (serviço de empregada!!!! :o

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ARRUMANDO O QUARTO

Este dia foi muito 10, misturamos titas até dar o ponto exato, pintamos, nos sujamos, pareciamos um bando de crianças, neste dia estavamos meu pai (o verdadeiro pintor), minha mãe, o Marcelo meu irmão, Aline sua namorada, Rodrigo e eu. Ah, o Tiago apareceu lá. Isso aconteceu no dia 1 de janeiro de 2008.
Ficou lindo, mas o restante das coisas chegaram quase junto com o Filipe.






Descrever esse momento é impossível. Além dos móveis, esse quarto é sinônimo de muito amor, cuidado e esperança.

UM POUQUINHO DE NÓS!

A alguns dias ando pensando como eu poderia deixar os acontecimentos do dia a dia do Filipe mais sólido, mais palpável para ele daqui alguns anos. Acho que como não me lembro de quase nada da minha infância e as vezes tenho muita curiosidade de saber como foi a mesma, decidi que um diário seria a melhor forma de guardar em palavras a vida do meu pequeno príncipe. Filho estou fazendo por ti e espero do fundo do meu coração que você goste da minha iniciativa um dia.
Agora são exatamente 23:57 do dia 04 de janeiro de 2009 e comecei escrevendo no word pois o moldem não está funcionando para abrir um blog ou algo parecido.

COMO TUDO COMEÇOU

O Rodrigo e eu começamos a nos relacionar exatamente a 7 anos 6 meses e 19 dias, foi no dia 15 de junho de 2001 que ele com seu violão e sua voz firme e macia começa a cantar do nada a música:

“Bati de frente com você
Meu coração sentiu que ia acontecer
Um sentimento forte entre você e eu
Foi emoção demais pra mim.

Falaram tanto de você
Que eu não resisti e quis te conhecer
Você é infinitamente mais amor
É pulsação, é vida.

Bastou um toque deste teu amor
Pra acabar de vez com a solidão
Eu descobri você é a razão
Pra me deixar de bem com a vida.

Você entrou em minha vida sim,
Você é bem mais do que um sonho bom
Você é tão real e vive em mim
Vive em mim
O nosso amor não vai ter fim”.


No dia seguinte, como perfeito cavalheiro, ele me pediu em namoro, nada de ficar, era sério, me amarrei. Dia 07/12/2004 foi nosso noivado, confesso que pedi para meu pai fazer aquela cara de sério, todo aquele sermão “aí de você se...”, mas ele não teve coragem, acho realmente que ele era o que mais apoiava todo o acontecimento. Dia 16/12/2005, fui para a faculdade pegar a nota da monografia, 9,5, passei, saí correndo para o salão, meu Deus aquele era meu dia, só meu, tudo mágico, tudo muito especial, nos casamos no cartório, churrascaria e depois 5 dias de festa em Minas (nem a gente agüentou o pique do povo, viemos embora no segundo dia de festa rsrsrs), o engraçado foi aquele tanto de gente chateados porque não foram convidados para o casamento na igreja, acho que ainda pensam que eu que fiz a desfeita de não chamar. Se me arrependo? Sinceramente não, mas confesso que tenho a curiosidade de saber como seria.

SER MÃE

Meu próximo sonho era o de ser mãe, então, incessante trabalho... Janeiro de 2007 descobrimos que estávamos grávidos, meu Deus que alegria... é uma sensação única, o peito enche que parece que vai explodir, as mãos ficam geladas, o coração acelera e por um minuto parei e me assustei, comecei a me questionar se eu iria saber ser mãe, mas no minuto seguinte estava agradecendo ao meu Deus tamanha benção. 03 de março, fui trabalhar, na volta o Rodrigo me pegou no metrô para irmos juntos pra casa como era de praxe diariamente, naquela tarde não havia me sentido bem, estava com cólica sei lá, cheguei em casa e fui direto tomar banho, quando olho havia perdido um pouco de sangue, fomos para o hospital, no ultra som escrito legível e claramente “FETO SEM BATIMENTOS PRESENTE”, abri o envelope antes de entregar para o médico, ali mesmo no elevador do hospital, perdi os sentidos, naquele momento meu coração parou de bater também. Dia 06 de março eu havia adormecido, tive um sonho muito estranho e nele eu estava com minha filha, quando me assustei no sonho e acordei, decidi levantar e ir ao banheiro, quando o Rodrigo notou que eu havia levantado ele levantou e foi ao meu encontro, ele estava na sala de TV que ficava na frente do nosso quarto, ele parou na frente da sala de TV e eu parei na frente da porta do quarto, todas as luzes estavam apagadas, ele então perguntou se estava tudo bem e eu respondi que sim que só havia levantado para ir ao banheiro, nessa hora acendi a luz para ele ver que realmente estava tudo bem, quando a luz acendeu o Rodrigo arregalou os olhos, ficou parado com o olhar espantado para mim, quando olhei para baixo eu estava simplesmente encharcada de sangue, havia um rastro de sangue da cama até onde eu estava, que susto, que dor na alma, ali naquele rastro de sangue estava meu (minha) filho (a), hospital e muitos dias para me recuperar.

Dia 15 de julho de 2007 fiquei sabendo que estava grávida do Filipe, estava de 5 semanas, acredite que olhei aqueles confusos números várias e várias vezes pra ter certeza que eu não estava louca, na hora que peguei o resultado o Rodrigo estava comigo no telefone, sinceramente não me lembro da reação dele, sei que ele ficou feliz, mas como foi não me lembro, saí ligando pra todo mundo de tanta felicidade, a primeira de todas é claro que foi minha amiga e confidente Mara, como ela ficou feliz, nessa época ele estava grávida de 3 meses do Vitor, ela logo marcou o obstetra para a mesma semana. 5 dias depois, quarta feira fui na consulta com o tal obstetra Dr Álvaro Luciano, especialista em alto risco, depois de colher todos os meus dados fizemos um ultra som e lá estava aquele feijãozinho, mas, não estava nada bem, havia pouquíssima vascularização em volta do feto o que não o supria adequadamente, disfunção hormonal e um cisto de 10 cm no ovário direito, detalhe que segundo o médico esse cisto correspondente ao tamanho estava ali a mais de 1 ano, o porque do detalhe? Lembra que a 4 meses eu tive um aborto espontâneo, então após isso fiz vários exames e nenhum deles mostrou cisto algum, então, de onde apareceu este de 10 cm? Resposta: ??????????? A partir daí foram caixas e caixas de remédios para “segurar” a gravidez. Ia a consulta toda semana, ultra som sempre para fazer acompanhamento, nossa que sofrimento, então com 3 meses, ufa! Tudo certo e estabilizado, a partir daquele momento minha gestação era como qualquer outra. Na semana seguinte no trabalho tive queda da pressão, caí e bati a cabeça no chão, não me lembro de nada, só o depois quando já estava na maca sendo atendida pelos socorristas do prédio. Nesse dia teve uma cena muito engraçada porque meu irmão trabalhava no mesmo prédio que eu, quando eu desmaiei foram comprar leite pra eu tomar e nessa estava todo mundo sem dinheiro, então a menina que estava fazendo faxina no meu serviço saiu correndo desesperada pra procurar dinheiro com alguém pra comprar o tal leite, por coicidencia ela chegou até meu irmão, nessa hora só faltava 0,50 centavos então ela pediu pra ele dizendo que faltava esse dinheiro pq ela precisava comprar o leite pois uma menina que estava grávida havia desmaiado, ele com toda a sua murrinhagem disse que não ia dar que só daria se fosse a irmã dele que tivesse desmaiado, nessa ele perguntou quem foi e ela respondeu que foi a Carol, no momento ele não associou nada eperguntou que Carol, o amigo que trabalha com ele que respondeu SUA IRMÃ! Ele deu o dinheiro e foi correndo onde eu estava, na hora que ele chegou foi exatamente a hora que eu estava acordando, como ele estava muito nervoso ele já foi brigando comigo o porque eu não tinha ligado pra ele e eu como estava acabando de acordar de um desmaio, sem saber exatamente nada do que tinha acontecido olho pra ele com a cara mais lerda e respondo NÃO DAVA PRA LIGAR POIS EU ACORDEI AGORA! KKKKKKKKKK Foi ilário! Felismente não aconteceu nada com meu BB só eu que tive fratura do crânio, até hoje dá pra sentir, credo!

1 mês depois entou eu novamente indo para o serviço, nesse dia eu estava meio mole, com vontade de ficar em casa e então pedi para o Rodrigo me levar e exatamente nesse dia ele disse que não iria, ei insisti e ele relutou então como era eu a empregada tive que ir de buzão, aff, o motorista estava achando que tava levando um monte de vaca ou porco sei lá, só sei que nesse dia não era o meu dia de sorte, acreditem que eu com aquele barrigão não teve um santa alma de bom coração que me cedeu um assento? Pois é, fui eu no chaqualejo arretado em pé, resultado, descolamento parcial da placenta, ninguém mercê, tomalhe remédio... Mas graças a Deus 1 mês depois já estava tudo certinho.

Quando eu estava com 5 meses o Rodrigo decidiu ir para o acampamento de adolescentes da igreja, a comemoração era lá onde Judas perdeu as botas, longe, mas bota longe mesmo. Fiquei sozinha em casa, o Rodrigo iria ficar acho que 5 dias nesse acampamento, então no terceiro dia comecei a ter cólicas, não sei se devido ao nervosismo de estar sozinha as cólicas aumentavam constantemente, comecei a ligar para o Rodrigo, mas como já disse que ele estava lá onde Judas perdeus as botas e as meias e sei lá mais o quê o celular dele não pegava, o pior é que o de nenhum dos meninos que eu tinha o telefone pegava, o telefone do obstetra também não dava em nada, quase pirei e foi naquele momento que com muitas lágrimas nos olhos e o coração apertado gritei literalmente ao meus Deus por socorro e ele me ouviu, consegui contato com um dos meninos do acampamento, não o conhecia, mas naquele momento ele virou meu anjo. Ele chamou o Rodrigo e quando falei como estava me sentindo ele voou pra casa, chegou rapidinho dentro do possível, ficamos sabendo que os adolescentes do acampamento se juntaram, eram mais ou menos 120 adolescentes mais o pessoal da equipe e naquele momento todos em uma só voz começaram a orar por nós, depois vimos o vídeo desse momento e realmente é emocionante (vou tentar colocar aqui depois). Quando o Rodrigo chegou me acalmei mais um pouco, fomos para o hospital e graças a Deus não era nada, estava tudo bem. Depois desse dia troquei de obstetra, comecei a me tratar com a Dra Cyntia Casagrande (anjo de Deus), linda, calma, confiante, foi tudo de bom, ela me acompanhou até o fim da gestação e fez o parto do Filipe.

A data prevista do parto era para o dia 21 de abril de 2008, mas no dia 25 de março comecei a sentir as contrações, começou fraco, mas no dia seguinte, cruz credo! Que dor era aquela? Não aguentei, paramos no consultório da Dra Cyntia, depois da avaliação o quadro era o seguinte: realmente o Filipe queria nascer, mas..., dilatação 0 (em falar nisso, essa coisa de “toque” não é de Deus não viu!), se ele nascesse naquela semana seria pré-termo (pré-maturo) e não queriamos isso, pois ele iria para incubadora, solução? Aguentar, ali começou a “responsabilidade” de ser mãe, a vida do meu pequeno seria decidida por mim, então, decidimos aguentar até domingo, infelismente a dor não diminuiu com essa decisão, ao contrário, cada nova contração, maior a dor e mais curto era o intervalo entre elas. Tinhamos que fortalecer o coração do Filipe para não ter o pirigo dele ir para a UTI neonatal, para isso não acontecer teria que tomar injeção todos os dia até o domingo, sinceramente, se não fosse meu filho teria desistido na primeiro, o coisinha dolorosa, aff!!! No sábado fomos no hospital conhecer o quarto, a UTI neonatal, confirmar se estava tudo certo, confirmamos, era só ir no dia seguinte as 16:00 horas para fazer a internação, a cesária estava marcada para as 19:00. Ainda com 0 de dilatação 4 dias depois, não tive saida. Fomos pra casa e no caminho passamos no supermercado já que eu deveria comer comida leve, compramos e fomos para a fila, acreditem ou não, do nada houve uma briga no caixa ao lado, uma confusão só, quebararam garrafa na cabeça do rapaz do lado, vieram outros para brigar tbm, um cara veio para o lado do Rodrigo o Rodrigo empurrou ele para que ele não me machucasse, pensem que bagunça! Mas no fim deu tudo certo dentro do possível. Dia 30 de março de 2008, o grande dia, ele ia chegar, sinceramente não fiquei nervosa só queria ver o rostinho dele, passar a mão no seu corpinho, saber que estava tudo bem.

Chegamos no hospital, quando fomos dar entrada adivinhem, nada feito, deu um rolo com nosso convenio, e de repente nõ aceitavam mais, sorte que a obstetra estava dando plantão justamente naquele hospital e naquele dia. Fomos nela, meu Deus, não aguentava mais aquela dor, e agora? Ela sugeriu que fizessemos a cesário no dia seguinte, na segunda, mas do fundo do meu coração que eu não aguentava mais, e acho que o Rodrigo não aguentava mais me ver com aquela dor, tadinho não podia fazer nada. Ele começou a ligar desesperado pra tudo quanto era hospital pra ver se tinha a possibilidade de fazer a cesária ainda naquele dia, conseguiu, falamos com a Dra e ela aceitou fazer o parto no outro hospital, entramos no carro e fomos em frente. No Hospital Anchieta fomos muito bem atendidos, tratamento especial, foi muito 10, todos muito simpáticos e prestativos, nos levaram até o quarto para aguardar, troquei de roupa e confesso que por um minuto me deu um frio na barriga, mas olhei para o Rodrigo e logo passou. Tudo pronto, fui para a sala de espera ao lado do centro cirúrgico, o Rodrigo ficou do lado de fora, pois como mudamos de hospital na última hora ele não tinha a autorização pra entrar, teria que ficar esperando a médica para ela assinar a autorização, às 19:15 ela chegou, me confortou e fomos para o centro cirúrgico, no teto tinha desenhos de nuvens, estrelas eu acho, por Deus não fiquei nervosa, o anestesista chegou, pronto, hora de coemeçar, ele aplicou a raqui, ele pediu para eu esperar um pouco para fazer efeito, nessa hora vi o Rodrigo do outro lado do vidro, me confortei. Fiquei lembrando da história da Mara de quando ele foi ter o filho dela o Lucas, que a anestesia não pegou e o médico cortou ela, ela se desprendeu da maca e gritou de dor, já pensou? então toda hora eu ficava levantando as pernas pra saber se ainda tinha ou não os movimentos, e os movimentos persistiam, levantei 1 vez, 2, 3, 4, 5... Nada. Então de novo, só que desta vez ele deu a peridural, não doeu nada até porque eu estava um pouco anestesiada da outra, desta vez deu tudo certo. Iniciaram o parto, é muito estranho, o Rodrigo estava com 2 máquinas, gravando e tirando foto, e nem tremeu! Depois de um tempo ouvi o choro do meu bb, mas estava tão longe, não entendi direito o que estava acontecendo até o Rodrigo vir até mim com a camêra fotográfica, ele me falou que haviam levado o Filipe para limparem e me mostrou o vídeo do seu nascimento, desta hora só me lembro que chorei.

Não me mostraram ele porque ele se sufocou, estava com 2 voltas do cordão enrolados no pescoço, depois de alguns dias o Rodrigo me contou que quando o Filipe nasceu a médica virou pra ele e disse que por alguns segundos a mais ele não teria nascido. Levaram ele para a encubadora, o Filipe nasceu às 20:30, com 3,225 kg e 50 cm. Vi meu bebê as 3:00 da madrugada, foi mágico, único, bom demais. Ele tão indefeso, as roupinhas enormes, dormindo que nem um anjinho, era o meu anjinho. Dois dias depois fomos pra casa.

De agora em diante vou contando aos poucos os acontecimentos.